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Como ser sustentável: 10 dicas práticas

Quem se pergunta como ser sustentável está certamente despertando para a gravidade dos impactos que a humanidade tem causado no Planeta.

Pois é mesmo na prática que entendemos como ser sustentável e como podemos reduzimos nossa pegada ecológica a partir de mudanças de hábito.

Mas apesar de necessárias, as mudanças de rotina e de escolhas diárias não são simples e não acontecem de uma hora para a outra.

Por isso, reunimos 10 dicas práticas para te ajudar a como ser sustentável gerando menos impacto negativo para o Planeta e para nossa vida em geral.

Entendendo como ser sustentável

De forma geral, é mais fácil mudar hábitos quando saímos do “modo automático” e observamos a nossa própria rotina em detalhes.

Por isso reunimos aqui 10 dicas práticas de como ser sustentável no dia-a-dia. Por exemplo, lavar a louça parece algo trivial e pouca gente pára pra pensar sobre isso.

Mas quando você toma consciência de que o detergente contém vários elementos químicos que agridem sua pele e poluem rios e córregos, passar a adotar mudanças. E passa a usar, por exemplo, os biodegradáveis.

O mesmo acontece na hora do banho, no trabalho, no supermercado, durante uma viagem. Aos poucos você conhece alternativas para hábitos mais sustentáveis.

Calma! Não somos capazes de salvar o mundo de repente, mas sempre há o primeiro passo!

No fim das contas, precisamos ter mais pessoas acreditando no poder da atitude sustentável como meio de preservar a natureza e gerar mudanças socioambientais.

Então confere a seguir as 10 dicas de ações práticas:

  1. Recusar plásticos descartáveis
  2. Usar sacola retornável
  3. Separar o lixo e enviar para reciclagem
  4. Repensar seus hábitos
  5. Desembalar menos, descascar mais
  6. Cuidar da água
  7. Reutilizar o que seria lixo
  8. Defender uma causa socioambiental
  9. Plantar em casa ou nas praças
  10. Buscar informações em fontes confiáveis

1. Recusar plásticos descartáveis

Às vezes parece que essa atitude não faz diferença, mas ela é uma das simples e mais fundamentais!

Isso porque os plásticos descartáveis de uso único são produzidos em até 6 meses. Usamos por menos de 5 minutos, mas levam entre 200 e 400 anos para se decompor na natureza.

São canudos, copos descartáveis, sacolas plásticas, plástico PVC filme que estão em quase tudo. Mas nem todos são recicláveis! Aliás, apenas uma minoria é de fato reciclado.

Então, quando você reduz ou pára de consumir plásticos descartáveis, está dizendo para a indústria o que não é mais tolerado e que muita coisa precisa mudar.

Por isso, ande com seu copo reutilizável na mochila ou bolsa, adote um copo ou caneca no trabalho, carregue com você a sua ecobag.

E caso goste de canudo tenha o seu para não ter que usar o de plástico! Quando for a restaurantes ou lanchonetes, peça copos de vidro ou use o seu próprio. Sempre que possível explique o motivo a quem interage com você.

2. Usar sacola retornável

A ecobag ou sacola retornável é alternativa simples e muito acessível, pois você mesmo pode fazer a sua ou ainda reutilizar uma já pronta.

Em geral, são feitas de algodão orgânico ou de materiais diversos e reaproveitados. Carregue sempre a sua com você para evitar o uso de sacos plásticos.

Cuidado para não cair no conto dos sacos plásticos ditos biodegradáveis – pois podem viram microplásticos se forem oxibiodegradáveis! O melhor é sempre recusar!

Além disso, não vale usar sacola retornável ou ecobag para carregar outras sacolas plásticas. Combinado?

3. Separar o lixo e enviar para reciclagem

Apesar de muita informação disponível, muitas pessoas ainda colocam tudo junto no lixo, de qualquer jeito.

Ou seja, misturam os resíduos orgânicos com os recicláveis ou reaproveitáveis. Desta forma, o que poderia ter valor de mercado vira rejeito.

Por isso, o primeiro passo é separar o que é orgânico (o “lixo molhado”, restos de alimentos e sobras de comida) do que é plástico, papel, papelão, vidro ou metal.

Pelo menos 50% do que geramos em casa são materiais orgânicos. Ou seja, podem ser reaproveitados por um processo chamado compostagem.

Isto é, o que seria lixo enviado para aterro sanitário vira adubo, enriquece o solo da agricultura urbana e evita a poluição do ar e da Terra com os lixões.

Além disso, basta higienizar os materiais recicláveis para, então, direcionar à coleta seletiva.

Assim, aumentamos as chances de os resíduos sólidos urbanos (RSU) terem o destino adequado, e ampliamos o percentual de resíduos reciclados.

De forma geral, no Brasil são poucas as cidades que tem coleta seletiva domiciliar.

Mas há catadores independentes e mesmo cooperativas de reciclagens que podem coletar e dar destino a alguns resíduos recicláveis.

Aliás, se não tem na sua cidade cobre a prefeitura! Até parcerias com outras cidades próximas são possíveis!

4. Repensar seus hábitos

Repensar é uma das ações do chamado 5Rs da sustentabilidade: recusar, repensar, reduzir, reaproveitar e reciclar.

Às vezes dizer 3Rs, às vezes 7Rs, mas seja como for, são verbos de ação ligados à sustentabilidade, uma espécie de mantra de como ser sustentável.

Por exemplo, repensar hábitos pode ser deixar de consumir produtos de marcas que são principais poluidores mundiais do ar e dos oceanos. Basta ir ao Google para consultar esse ranking.

Também é válido reaproveitar restos de comida e fazer compostagem doméstica, mesmo em apartamentos. Vários vídeos ensinam como fazer!

Além disso, reduzir o consumo de carne a um dia na semana gera impacto no índice de desmatamento, pois a expansão pecuária responde por mais de 70% dos territórios verdes destruídos – especialmente para o cultivo de ração animal.

Você pode mudar o local onde faz a feira. Já pensou em comprar a granel ou frequentar feiras locais ao invés de comprar sempre em supermercados ou em grandes redes de lojas?

Pois comprar produtos regionais em produtores ou comércios locais reduz desperdício de alimentos e a queima de combustíveis fósseis. Entram nessa conta o seu deslocamento, o do alimento e toda a logística de transporte e de embalagens.

Outra prática sustentável é, sempre que possível, trocar o transporte individual (como o carro ou moto) pelo transporte público de massa ou por bicicleta e caminhada.

5. Desembalar menos, descascar mais

Não é novidade que quanto mais industrializados e processados são os alimentos, mais impactos geram para a saúde e para o Planeta.

Além de gerar embalagens plásticas, em geral descartáveis e não recicláveis, os alimentos multiprocessados consomem mais água e energia para serem gerados.

Isso sem falar dos maquinários e insumos, e da logística de transporte, distribuição e refrigeração, por exemplo.

Por outro lado, os alimentos orgânicos e produzidos localmente pela agricultura familiar em geral são mais saudáveis para nossa saúde e para o Planeta.

Além disso, você incentiva a economia local, a geração de renda e a soberania alimentar da população cada vez mais em vulnerabilidade social e ambiental.

Por isso, um hábito sustentável é descascar mais e desembalar menos. Isso reduz a produção de plásticos e a emissão de gases de efeito estufa que agravam a crise climática.

6. Cuidar da água

Cuidar da água é fundamental, pois a Terra tem apenas 2% de água doce disponível. E menos de 1% é potável, ou seja, viável para o consumo humano.

Por isso, é muito importante prestar bastante atenção no desperdício de água – um recurso não renovável. Desligue a torneira e o chuveiro enquanto estiver ensaboando ou escovando dentes.

Observe se em sua casa, trabalho ou bairro há vazamentos de água que podem ser consertados.

Além disso, tudo o que a gente consome usou água ou energia para ser produzido. Por exemplo, a indústria da moda é uma das que mais consome água e energia. Sabia?

E como as usinas hidrelétricas são base da matriz energética do Brasil, a água é um dos insumos mais preciosos para nosso país.

Por fim, priorize produtos biodegradáveis que gerem menos impacto para as águas, já que na maioria das cidades os resíduos vão parar em rios, lagos ou córregos d’água.

Crédito: Rico Studio (@rico_cartum)

7. Reutilizar o que seria lixo

Uma forma de ser sustentável é reutilizar o que iria para o lixo. Ou seja, usar novamente o que você já tem ou dar novo uso, contrariando os estímulos ao consumo e ao descarte.

Por exemplo, fazer compras de roupas e acessórios em bazar ou em brechós ao invés de shopping center é uma forma de como ser sustentável.

Além disso, é possível reutilizar roupas para produzir bolsas, sofás, colchas e até cortinas, algo diferente do objeto original que iria para o lixo.

Essa reutilização criativa também é chamada de upcycling – técnica de transformar um objeto ou recurso em um novo produto distinto do original!

Por exemplo, pneus usados viram poltronas ou camas para pet. Retalhos de calças jeans viram bolsas, e garrafas pet se tornam vasos autoirrigáveis. E sacolas de arroz e até de cimento se transformam em ecobags!

Ou seja, praticamente tudo o que já foi fabricado pode ser reutilizado. Só é preciso ter criatividade! E a internet traz diversas inspirações!

8. Defender uma causa socioambiental

Defender uma causa socioambiental é uma forma de aproximar a natureza da nossa realidade. Pode ser de forma individual, como ser voluntário, ou coletiva.

Além de fazer bem a cada um, se engajar é uma atitude que promove o senso de coletividade, cada vez mais ausente nas grandes cidades e centros urbanos. E essencial para protegermos o Planeta.

Afinal de contas, não existe Planeta B! E vale até ativismo digital se você não puder sair de casa.

Por exemplo, adotar um canteiro próximo de casa, integrar o coletivo da escola pública mais próxima, se envolver na preservação de parques públicos ou áreas verdes em sua comunidade.

Além disso, você pode apoiar o trabalho de cooperativas de catadores e projetos de economia circular ou negócios de impacto que envolvem a população mais vulnerável.

Outra opção é defender a criação de lei que proíbe plásticos descartáveis em estabelecimentos comerciais. Ou ainda apoiar práticas agroecológicas como cultivos sem agrotóxico, por exemplo.

9. Plantar em casa ou nas praças

Cultivar plantas em casa ou fazer plantios em praças é uma forma simples de ser sustentável.

Mas você não mora em casa térreo? Acredite, mesmo quem vive em apartamentos tem alternativas de plantio.

Por exemplo, garrafas pet, latas de leite em pó, caixas de leite tipo UHT, potes plásticos e até sapateiras verticais podem se tornar mini hortas urbanas.

Em praças e parques públicos é possível plantar até em pneus como forma de reaproveitar estes resíduos tão facilmente encontrados em centros urbanos. Mas lembre de consultar as leis municipais.

Além disso, você pode ter o próprio mini jardim de ervas aromáticas ou ainda hortaliças e temperos, além de flores ou mesmo frutíferas e madeireiras em vasos.

Além de promover a saúde e bem-estar físico e mental, plantar é uma atitude sustentável que nos reaproxima dos ciclos da natureza como algo a ser cuidado.

Ou seja, o importante é plantar. Ainda que você não consiga manter as plantas em sua casa ou apartamento, experimente ter mudas para replantio em praças do bairro ou comunidade.

Isso ajuda na arborização de praças, na restauração dos solos e na convivência com as mudanças climáticas. Também é uma forma de recuperar corredores ecológicos e resgatar a biodiversidade. Pelo menos 1 milhão de espécies, de um total estimado de 8 milhões, estão ameaçadas de extinção.

10. Buscar informações em fontes confiáveis

A crise climática que enfrentamos não aconteceu de repente, e entender como ser sustentável passa pela necessidade de buscar informações em fontes confiáveis.

Segundo a WWF, entre 2018 e 2019 a cobertura mundial de notícias relacionadas a protestos ambientais cresceu 103%.

E uma pesquisa do The Economist mostrou que as buscas por bens sustentáveis tem aumentado em média 70% desde 2016, especialmente por produtos farmacêuticos, cosméticos, moda e alimentação.

De forma geral diversos cientistas, ambientalistas, figuras públicas e entidades de monitoramento de florestas e de impactos socioambientais disponibilizam dados na internet.

Para ajudar, listamos alguns dos mais relevantes:

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

WWF-Brasil (World Wild Fund for Nature)

Instituto SocioAmbiental (ISA)

Laboratório do Observatório do Clima

Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente no Brasil (PNUMA ou UNEP da sigla em inglês).

Em resumo, dá um certo trabalho, mas vale a pena saber como ser sustentável e levar uma vida de menor impacto ao Planeta.

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    Agnes Dantas

    Jornalista, copywriter e ativista ambiental que acredita no poder que o Nordeste tem de mudar o mundo!

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